Parque Desportivo da ACRUTZ
Espectadores: Cerca de 500
Estado do Terreno: Excelente
1.º de Maio: Bruno, Wilson (André 74 minutos), João Pedro (Cap), Valter e Rubinhos; Cláudio Canina, Marcos, André Dias e Luís Filipe; Jaílson (José Carlos 69 minutos) e Amadú Djaló (Capela 69 minutos).
Treinador: Tiago Fatia.
Golo: Capela (83 minutos)
Num jogo histórico para a aldeia, equipa e gentes do Zambujal, pois estávamos perante a inauguração do seu relvado sintético, a vitória acabou por sorrir ao 1.º de Maio, numa altura em que jogava apenas com 10 jogadores.
Em dia de festa, o jogo começou morno, pese embora a vontade de ambas as equipas em tentar construir jogadas de ataque. O jogo foi muito jogado a meio-campo, com o Zambujalense a tentar passes em profundidade, a tentar isolar os seus dois extremos, que embora bastante rápidos, quase nunca se demonstraram incisivos. Por seu lado, o 1.º de Maio, que é uma equipa que trabalha muito bem a bola, tentava acercar-se com perigo da baliza zambujalense. O jogo mantinha-se equilibrado, até que aos 39 minutos, o 1.º de Maio colocou o pé no acelerador, e em 6 minutos construiu 3 jogadas de golo eminente. Primeiro Wilson, que após excelente trabalho de Jailson na área, aproveita uma sobra e descaído sobre a direita, desferiu potente remate com a bola a razar a trave. Dois minutos mais tarde, é a vez de Amadú Djaló aparecer sem marcador na marca de grande penalidade, na sequência de uma bola bombeada, e só com o guarda-redes adversário pela frente, a rematar por cima da trave. No último minuto da primeira parte, nova oportunidade, com Jailson a responder com um cabeceamento ao cruzamento de Rubinhos, com a bola a razar o poste direito da baliza zambujalense. Chegava-se ao intervalo, com a sensação de que o 1.º de Maio, continuando no ritmo dos últimos minutos da 1.ª parte, chegaria, mais tarde ou mais cedo ao golo. Contudo, no início da segunda parte, foi o ACRUTZ que, talvez empurrado pela animação vinda das bancadas, que entrou mais incisivo, empurrando o 1.º de Maio para o seu meio-campo, embora sem oportunidades claras de golo, com excepção de um lance polémico, em que é batido um canto directo, cuja bola fica presa entre Rubinhos e o poste, caindo depois sobre a linha de golo, até chegar às mãos de Bruno. Muitos protestos, mas em vão, pois os protestos não ajudam a bola a entrar... e efectivamente não entrou!!!! A partir daí, a equipa de arbitragem desorientou-se, em claro prejuízo do 1.º de Maio, com a expulsão de João Pedro a resultar de um protesto, tal como o cartão amarelo mostrado a José Carlos. Nada a dizer se não se tivesse verificado o mesmo por parte de um jogador do Zambujalense, mais propriamente Dani, que protestou a seu bel-prazer e de forma bastante audível, com o árbitro da partida a não admoestar o jogador. Aos 83 minutos e quando já pouca gente esperava, um pontapé de baliza de Bruno, isola Capela, que à saída do guarda-redes contrário, fez o golo, que seria da vitória. Até final, o Zambujalense a atacar mais com o coração do que com a cabeça, e a não conseguir criar verdadeiro perigo e o 1.º de Maio a poder fazer o 0-2, com o remate de Luís Filipe a ser travado em grande dificuldade pelo guarda-redes zambujalense.
Nota final para a fraca arbitragem, sobretudo na segunda parte, inclusive com o arbitro auxiliar do lado do peão a gesticular de forma obscena para os adeptos sarilhenses. À atenção do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Setúbal.