Campo Rocha Lobo
Espectadores: Cerca de 250
Estado do Terreno: Relvado Sintético
1.º de Maio: Bruno, Wilson, Luís Cunha, Valter e Rubinhos; Cláudio Canina, Marcos (Cap), André Dias e Luís Filipe (Jardel 90 Minutos); Jaílson (Capela 60 minutos) e Amadú Djaló (José Carlos 75 minutos).
Treinador: Tiago Fatia
Golos: Jaílson (7 minutos), Amadú Djaló (46 minutos).
Deixemos a explicação do título desta crónica para o fim, e vamos ao que interessa...
Num jogo que se previa bastante difícil, na medida em que se jogava num relvado sintético, logo teoricamente favorável aos da casa, o 1.º de Maio entrou no jogo a dominar, com um futebol de fino recorte técnico, a jogar ao primeiro toque, mudando variadas vezes de flanco, colocava em grandes dificuldades os jogadores da casa. Na sequência desta entrada de grande nível, e sem que se pudesse dizer que seria uma surpresa, surge o primeiro golo, com uma jogada pelo flanco esquerdo do ataque, Jaílson não tendo oposição, à entrada da área disfere remate potente e colocado, não dando quaisquer hipóteses ao guarda-redes Bruno Silva.
Esperava-se a resposta do Monte da Caparica, que a jogar em casa e a perder, não quereria certamente esse resultado. No entanto, o que se veio a verificar foi precisamente o contrário, já que durante o resto da primeira parte as oportunidades de golo (todas elas flagrantes) surgiram todas junto da baliza de Bruno Silva, podendo o jogo estar resolvido ao intervalo. Aos 16 minutos, após recuperação de bola da Amadú Djaló, este lança Jaílson em profundidade e isolado frente ao guarda-redes caparicano, remata fazendo a bola passar rente ao poste. Aos 26 minutos jogada a papel químico, mas mais descaída pela esquerda, Jaílson em velocidade ganha vantagem em relação aos defensores contrários e à saída de Bruno Silva, falha o remate saindo a bola ao lado da baliza. Até final da primeira parte, não mais houve oportunidades claras de golo, mas o jogo continuava a estar controlado pela equipa sarilhense. O intervalo chegava, com um resultado insuficiente para os verde-brancos, em virtude da sua excelente primeira parte.
Mas se bem começou o jogo, melhor o recomeçou. Primeira jogada do desafio, Jaílson passa por todos os jogadores que lhe saíram ao caminho e passa a Djaló (pareceu-nos um pouco adiantado em relação ao penúltimo defensor) que à saída de Bruno Silva, envia a bola para o fundo da baliza e fazia o segundo da partida.
Nos dez minutos seguintes nada de novo se passou, com o controlo e domínio de jogo a pertencerem na totalidade ao 1.º de Maio. Até que ao minuto 55, o senhor António Alves (árbitro da partida) assinala uma grande penalidade incrível!!! Um jogador do Monte entra na área do 1.º de Maio, Valter, desvia-se e o jogador caparicano "atira-se" para cima dele. Resultado, em vez de falta atacante, é assinalada grande penalidade e ainda penalizado o defesa, com a mostragem do cartão amarelo. Na conversão do castigo máximo, o jogador caparicano não perdoou e reduziu para a diferença mínima. Nos minutos seguintes, e bastante motivados, os jogadores do Monte acercaram-se mais da área do 1.º de Maio, ainda assim sem alguma oportunidade digna de registo. Na resposta, ao minuto 66 Amadú Djaló ganha na luta e depois em velocidade uma bola pela esquerda, endossa-a a Capela que com tudo para fazer o terceiro, atira de trivela ao lado.
Os minutos seguintes foram de autentico festival do senhor António Alves, que perdeu completamente o Norte (se é que alguma vez o teve!!!) inclinando o campo de tal forma que propiciou jogadas bastante agressivas, levando até a uma entrada bárbara de um jogador caparicano, que teve como culminar a sua expulsão. Fica na retina, que o árbitro da partida ainda pegou no cartão amarelo, mas deve ter tido um assomo de consciência e lá fez o que devia.
Até final, todavia o espectáculo continuou. Ao minuto 90, depois de um livre bem assinalado a favorecer Monte da Caparica, um corte de cabeça efectuado por um jogador da barreira dá origem a nova grande penalidade (de bradar aos céus). todavia, desta vez Bruno Quidas é mais forte e defende, para gáudio dos adeptos sarilhenses. Faltavam 4 minutos (tempo de compensação dado pelo árbitro), mas o jogo decorreu por mais nove minutos, com compensações sobre compensações, sem que nada o justificasse. Durante estes minutos de compensação, o jogo tornou-se anárquico. Os jogadores do 1.º de Maio nem colocavam o pé, em virtude do que tinha acontecido até então, o melhor mesmo era "deixá-los passar" e aos do Monte da Caparica nada era assinalado.
Esperamos melhor, muito melhor nos próximos jogos... À atenção do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Setúbal.
Alteração à Convocatória
Há 14 anos
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